Não é sempre mas, existem casos em que a necessidade compulsiva de comer e comer está diretamente ligada ao vínculo da mãe (ou pai) com seu filho.
Entre os estudiosos do tema é quase unânime a constatação de que os hábitos alimentares inadequados da família determinam a maioria dos casos de obesidade.
Muitos desses apontam, por parte das mães, a oferta exagerada de alimentos ao dia, acréscimo de açúcar nas receitas, e outras condutas que seguem em direção á superalimentação.
Pesquisas mostram que a obesidade como consequência da superalimentação geralmente está associada a perturbações na relação mãe-filho.
O excesso de atenção á alimentação da criança (e do bebê), pode servir de estímulo para que utilize as refeições (ou ausência delas), para chamar a atenção sobre si, ou para expressar raiva.
A necessidade da criança em agradar a mamãe pode desencadear um processo de comilança precoce.
Por sua vez, a mamãe possui também dificuldades para transformar seu próprio comportamento alimentar.
Além do mais, tem aquilo do “ser mãe”, com o costume de aliar gordura á boa saúde.
Juntando-se com a oferta de alimentos açucarados ou impróprios para o consumo em determinadas idades, inicia-se o caminho da obesidade.
Tem ainda os suplementos vitamínicos, que alteram funções cerebrais e seguem enviando mensagens para que a criança que outrora não comia, devore tudo o que vê pela frente.
Em seu último estudo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que em apenas 30 anos, o número de crianças e adolescentes do sexo masculino, acima do peso, subiu de 4% para 18%. Entre as meninas, o salto foi de 7,5% para 15,5%.
Características como o gasto de energia, a velocidade do metabolismo e a formação de determinadas proteínas no organismo passam de geração para geração e interferem no acúmulo de gordura no corpo, porém, se os pais são sedentários, dificilmente exigirão que as crianças façam exercício. Se comem mal, os pequenos terão o mesmo hábito.
Misturando fatores genéticos e de criação, os cientistas chegaram a duas probabilidades preocupantes: ter o pai ou a mãe acima do peso significa até 50% de risco de o filho ficar gordo; e, se o pai e a mãe forem obesos, a chance é de até 90%.
Leia mais:
“Bebês cereias” e a obesidade infantil – Childhood obesity News
Bebês brasileiros consomem produtos industrializados em excesso
FONTES:
Influência materna na obesidade Infantil – Núcleo Paradigma (Análise do comportamento)
Obesidade Infantil e influência dos pais (Revista Nutrição em Pauta)
Interessante…
O médico indiano Dr. Chittaranjan Yajnik é especialista em obesidade, e diretor da Unidade de Diabetes no KEM Hospital Research Centre em Pune, na Índia.
Ele tem apresentado em palestras o quanto fatores maternos são mais determinantes para a obesidade do filho do que os paternos: genéticos, gestacionais (intra-uterinos) e pós-natais (lactação e ambiente familiar).
E que o terceiro trimestre de gestação é o período crítico para a hiperplasia das células adiposas.
Foram apresentadas as influências maternas intra-uterinas, que são nutricionais, metabólicas, estresse, infecções e tóxicas.
O alto peso materno e hiperglicemia durante a gravidez também influenciam na macrossomia.
As prováveis causas para uma criança se tornar obesa, segundo o especialista, são: exposição intra-uterina à hiperglicemia e estresse durante gestação.
Mães muito novas com diabetes poderiam ter mais genes de suscetibilidade à obesidade e diabetes.
Leia mais sobre o trabalho do médico aqui:
Obesidade Infantil: Contribuição de Fatores Maternos
Ilustração: Ziraldo
[…] Obesidade infantil: a culpa é da mamãe? […]
Nana, muito bom seu blog. Mas tenho uma sugestão- coloque sempre as fontes para o leitor poder verificar. Quando você fala ‘pesquisas mostram …’ coloque a referência no final do texto.
Parabéns novamente,
Andréia Mortensen
Olá, Andréia
obrigada pela visita!
Sempre coloco as fontes no final dos textos.
Basta clicar sobre os títulos que direcionam para as páginas onde estão hospedados os estudos, pesquisas, etc.
Em alguns posts, as fontes estão no próprio texto. Quando citadas estão sublinhadas em links.
Porém, como é um blog, tento evitar o tom acadêmico que dificulta a leitura.
Um abraço!
Nana
[…] Obesidade Infantil: a culpa é da mamãe?? […]
[…] Obesidade infantil: a culpa é da mamãe? […]
[…] Obesidade infantil: a culpa é da mamãe? […]
ola meu filho tem 6 meses completados ontem
estou dando a papinha e 5 mamadeiras por dia..
a pergunta é
diminuo a quntidade do leite?
eu fico perdida com os horarios, pela manhã dou o leite nam2 depois d uma hora e meia dou uma fruta, banana mamao,depois dou outra mamadeira..
la pelas 1e meia dou a papinha depois as 4 horas leite outra vez.
ñ sei se estou fzendo o certo gostaria de uma ajuda com alimentação dele
grata!
Olá, Valéria
precisa de um cardápio mais elaborado. Assim, os intervalos estão muito irregulares.
Veja o post O INICIO DAS PAPINHAS DO BEBÊ (tem o link na lateral ao lado).
Comece a oferecer outros líquidos em copinho de transição, e também o leite, se possível.
Deve começar oferecendo a papinha uma vez ao dia, no restante, continua com a mamadeira, na mesma quantidade. Após 3 a 5 dias, coloca o suco na manhã, pouco (ao menos 3 horas após o leite). Não dê fruta ou papinha nesse horário, que atrapalha o almoço. E a quantidade é menor que a do leite.
Alomoço por volta do meio dia. 15h00, o lanche da tarde, com fruta amassadinha ou raspada. Ás 18h00, o jantar.
Mas, o lanche da tarde e o jantar também entram após alguns dias apenas com suco e almoço, um de cada vez.
Boa sorte
Tenho é a Patricia tenho uma filha de 9 anos que esta com o colesterol alto 197 para o colesterol total o que posso fazer para tentar controlar melhor e o que ela pode comer,pois eu passo ela na pediatra mas eles nao explicam como deveriam,obrigada
Patricia,
sua filha precisa urgentemente de acompanhamento com uma nutricionista. Marque uma consulta, ela a ajudará a esclarecer dúvidas e orientar sua filha e á você. Com colesterol alto assim não se brinca.
Boa sorte
Republicou isso em Alimentação e Saúde Infantil – Nutrição consciente desde a infânciae comentado:
“Entre os estudiosos do tema é quase unânime a constatação de que os hábitos alimentares inadequados da família determinam a maioria dos casos de obesidade.
Muitos desses apontam, por parte das mães, a oferta exagerada de alimentos ao dia, acréscimo de açúcar nas receitas, e outras condutas que seguem em direção á superalimentação.
Pesquisas mostram que a obesidade como consequência da superalimentação geralmente está associada a perturbações na relação mãe-filho.
O excesso de atenção á alimentação da criança (e do bebê), pode servir de estímulo para que utilize as refeições (ou ausência delas), para chamar a atenção sobre si, ou para expressar raiva.
A necessidade da criança em agradar a mamãe pode desencadear um processo de comilança precoce.
Por sua vez, a mamãe possui também dificuldades para transformar seu próprio comportamento alimentar.”